quinta-feira, 7 de outubro de 2010




Há momentos na vida em que sentimos tanto a falta de alguém que o que mais queremos é tirar essa pessoa dos nossos sonhos e abraçá-la...

terça-feira, 24 de agosto de 2010


O que há em mim é sobretudo cansaço —
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.
A sutileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto em alguém,
Essas coisas todas —
Essas e o que falta nelas eternamente —;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.

Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada —
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...

E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço,
Íssimno, íssimo, íssimo,
Cansaço...

quarta-feira, 14 de julho de 2010


Baby,as palavras estão mudas

As conversas tão vazias

As explicações são vagas

Só eu sei como eu queria falar do meu amor

Abertamente sim, ir até o fim

Só eu conheço a dor de não acreditar

Que mereço ser feliz
Como num espelho, te olhando vejo

O meu próprio medo, minha indecisão

Mesmo te amando não estou seguroSerá que é verdade ou uma ilusão?
Seria tao bom só eu e você

Mas te faço sofrer

E é sem querer

Eu fujo da dor

Eu tenho pavor da solidão

Me perdoa coração
Como num espelho, te olhando vejo

O meu próprio medo, minha indecisão

Mesmo te amando não estou seguro

Será que é verdade ou uma ilusão?

domingo, 4 de julho de 2010


Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro...



Quando penso em você, fecho os olhos de saudade...
Cecília Meireles


Eu tô com saudade
Da nossa amizade
Do tempo em que a gente
Amava se ver
Eu não sou palavra
Eu não sou poema
Sou humana pequena
A se arrepender
às vezes sou dia
às vezes sou nada
Hoje lágrima caida
Choro pela madrugada
às vezes sou fada
às vezes faisca
to ligada na tomada
Numa noite mal dormida

Se o teu amor for frágil e não resistir
E essa magoa então ficar eternamente aqui
to de volta a imensidão de um mar
Que é feito de silêncio
Se os teus olhos não refletem mais o nosso amor
E a saudade me seguir pra sempre aonde eu for
Fica claro que tentei lutar por esse sentimento

Diga sim ouça o som
Prove o sabor que tem o meu amor
Cola em mim a tua cor
Eu te quero sim sem dor
Diga sim ouça o som
Prove o sabor que tem o meu amor
Cola em mim a tua cor
Eu te quero sim sem dor

sexta-feira, 2 de julho de 2010


Quanto tempo, três anos...

As vezes nos damos tantas voltas... para voltar pro mesmo lugar.

O que mudou no percurso? A cor do cabelo, o perfume, o brilho no olhar, o sorriso... o que me faz feliz... Mas o que me faz feliz?

"Eu quero um colo, um berço, um braço quente em torno ao meu pescoço, uma voz que cante baixo e pareça querer me fazer chorar. Eu quero um calor no inverno, um extravio morno de minha consciência e depois sem som, um sonho calmo, um espaço enorme, como a lua rodando entre as estrelas..."

é isso ai...

quero ser eu sem condições


...Nuvens... existo sem que o saiba e morrerei sem que o queira. Sou o intervalo entre o que sou e o que não sou, entre o que o sonho e o que a vida fez de mim, a média abstracta e carnal entre coisas que não são nada, sendo eu nada também.


Nuvens... interrogo-me e desconheço-me. Nada tenho feito de útil nem farei de justificável. Tenho gasto a parte da vida que não perdi em interpretar confusamente coisa nenhuma, fazendo versos em prosa às sensações intransmissíveis com que torno meu o universo incógnito. Estou farto de mim, objectiva e subjectivamente. Estou farto de tudo, e do tudo do tudo.


Nuvens... são como eu, uma passagem desfeita entre o céu e a terra, ao sabor de um impulso invisível, trovejando ou não trovejando, alegrando brancas ou escurecendo negras, ficções do intervalo e do descaminho, longe do ruído da terra e sem ter o silêncio do céu...